Emissora: NBC e ABC.
Emissora no Brasil: TV Excelsior, TV Record e Multishow.
Transmissão Original: de 22 de setembro de 1958 a 18 de setembro de 1961.
Duração: 30 minutos.
Temporadas: 3 (114 episódios).
Preto e branco.
Companhias Produtoras: Spartan Productions.
A Série.
Peter Gunn foi um seriado americano de grande sucesso criado por Blake Edwards, diretor dos longas da Pantera Cor-de-Rosa, provavelmente inspirado no detetive Richard Diamond, interpretado por Dick Powell que foi um grande sucesso no rádio entre os anos de 1949 e 1953, e que mais tarde David Janssen adaptou para a televisão entre 1957 e 1960. Além de conceber o programa, Edwards escrevia e ocasionalmente dirigia os episódios da série, exibidos inicialmente pela rede NBC, mais tarde comprada pela ABC – que exibiu apenas o terceiro (e último) ano.
Foram 114 episódios, de aproximadamente 30 minutos, entre 1958 e 1961, centrados no investigador particular que dá nome ao programa, em aventuras características do tradicional filme noir clássico, um gênero bem popular na década de 1950, mas Edwards acrescentou alguns elementos que diferenciavam seu personagem dos outros detetives da época.
 |
 |
 |
Um dos destaques do seriado era a música tema composta por Henry Mancini (que também compôs a trilha de A Pantera Cor-de-Rosa), ela ficou bem mais conhecida do que a própria série. A parceria entre Edwards e Mancini se repetiu por décadas, em grandes produções cujas melodias são as mais reconhecidas do cinema e da TV.
Após duas temporadas, a NBC, passou a reprisar os episódios e Edwards também reavivou para outras mídias. Foram liberados um romance e uma revista em quadrinhos na década de 60, um filme de longa-metragem foi feito em 1967 e em 1989, a ABC chegou a apresentar um episódio piloto estrelado por Peter Strauss, mas não obteve êxito e foi cancelado.
Em 1989, o mesmo Blake Edwards lançou um longa-metragem para a TV (escrito e dirigido pelo próprio) com Peter Strauss no papel título.
A História.
A história se passava em Los Angeles, mais frequentemente dentro de um clube de jazz chamado “Mother’s”. A história geralmente era centrada nos esforços de Peter Gunn para resolver algum caso encomendado por um cliente, ali mesmo no Mother’s.
Peter Gunn era um detetive com muito estilo e swing. Gostava de jazz e da cantora Edie Hart (Lola Albrigh), sua namorada que cantava no clube. Com um jeitão sofisticado, ele era o oposto da imagem passada pelos investigadores da época, sempre muito rudes.
 |
 |
 |
Seu estilo chamava atenção das mulheres por ser sexy e dos marmanjos que o viam como um herói mundano que confiava em sua prática e coragem para resolver cada caso. Ainda que estivesse do lado da lei e fosse amigo do Tenente Jacoby (Herschel Bernardi), Peter Gunn não vacilava em usar de malandragens um tanto ilegais para resolver seus casos.
O investigador gostava de ser chamado apenas de Peter pelos amigos, mas para impor respeito era tratado de Gunn pelos inimigos. Apesar de algumas vezes o detetive ter que apelar para os seus punhos afim de resolver um de seus casos, a violência não era um ponto marcante do programa. Peter Gunn também solucionava seus entreveros usando a inteligência, colocando o malfeitor atrás das grades e tendo seu descanso merecido ouvindo sua namorada Edie Hart cantar.
No Brasil.
O seriado chegou ao Brasil em 1961, sendo exibido pela TV Excelsior com o patrocínio da Lamps Bel. Na ocasião teve a dublagem da AIC – São Paulo e recebeu a voz do ator Murilo Nery, conhecido na época por apresentar ao lado de Walter Forster na TV Tupi o programa “Paulistas e Cariocas” e anos mais tarde sendo o apresentador do concurso “Miss Universo.
Em 1964 a série transferiu-se para a TV Record, ocupando nas quartas-feiras o horário das 21h40, mas retornou à Excelsior já no ano seguinte, onde teve todas as temporadas mostradas até 1967.
Com a chegada da TV à cabo a série voltou à programação brasileira pelo canal Globosat Multishow que exibiu o seriado colorizado por computador.
 |
 |
 |
