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Shazan, Xerife & Cia (1973)

Emissora: Rede Globo.
Transmissão Original: de 26 de outubro de 1972 a 1º da março de 1974.
Duração: 30 minutos.
Temporadas: 3 (66 episódios).
Preto e branco.
Companhias Produtoras: Rede Globo.

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A Série.


Shazan, Xerife & Cia. dirigia-se ao público infantil usando uma linguagem com elementos circenses e veiculando mensagens educativas.

O seriado cunhou vários bordões como ”A Rádio Jaburú, a única que não dá xabú!”. A camicleta também marcou uma geração; no primeiro projeto ela seria uma moto com sidecar, mas então resolveram colocar a oficina dentro do carro, e introduziram um aspecto circense ao veículo que lembrava o Táxi Maluco dos circos do interior.

Além de uma variedade incrível de objetos, incluindo um chuveiro, havia uma foto de Santos-Dumont como símbolo do inventor brasileiro. As roupas de Shazan e Xerife, assim como todo o aspecto visual deles, foram criados pelos protagonistas Paulo José e Flávio Migliaccio.

Os heróis surgiram em maio de 1972, na telenovela O Primeiro Amor, de Walther Negrão, que contava a história de uma cidade onde toda a população andava de bicicleta (num merchandising explícito), a Nova Esperança, e a acirrada competição entre a mandachuva local Maria do Carmo, (interpretada por Tonia Carreiro) e Luciano, o diretor de um colégio (Sérgio Cardoso). Os nomes Shazan e Xerife foram inspirados em dois primos do autor Walter Negrão.

O Primeiro Amor foi um grande sucesso, mesmo com a morte de Sérgio Cardoso no meio da história, que abalou toda a produção e teve que ser substituído por Leonardo Villar, mas a receita principal do programa era a dupla Shazan e Xerife, interpretados pelos atores Paulo José e Flávio Migliaccio, que seguraram a audiência do programa e seduziram principalmente as crianças. Sem dúvida Shazan e Xerife era o toque cômico de Walther Negrão, com sua oficina de consertos ambulante e seus constantes quebra-paus. O sucesso dos heróis foi tão grande que virou série diária após o término da novela e ficou no ar até 1974. Essa foi a primeira vez em que personagens de uma novela ganharam uma série própria depois de seu término. Outros casos: a novela “O Bem Amado” de 1973 virou série em 1980; e o personagem Mário Fofoca da novela Elas por Elas, de 1982, ganhou uma série própria a partir do ano seguinte.

Flávio Migliaccio e Paulo José demoravam voltar à realidade após as gravações da série, tão árduo era o ritmo delas. Em 1998, Wálter Negrão homenageou os 25 anos de criação de seus personagens com uma participação especial em sua novela Era uma Vez. Shazan e Xerife chegavam com sua camicleta à cidade de Nova Esperança, despertando a curiosidade de seus moradores. Paulo José e Flávio Migliaccio reviviam os personagens que marcaram suas carreiras.

 

A História.


Os episódios tinham meia hora de duração com uma trama que  contava as aventuras dos mecânicos Shazan (Paulo José) e Xerife (Flávio Migliaccio), dois heróis brasileiros atrapalhados e bem-humorados que percorrem o Brasil a bordo da camicleta, uma mistura de caminhão com bicicleta todo enfeitado e cheio de engenhocas que encanta a criançada. O veículo de aspecto circense funcionava como uma casa e oficina ambulantes e lembrava o Táxi Maluco dos circos do interior.

Os dois decidem rodar o Brasil à procura de emprego e de uma peça mágica que fará com eles realizem seu grande sonho: construir a bicicleta voadora. Mas sempre algo acontece, e a dupla é desviada de seu objetivo.

O Retorno.


Em 1998, Walther Negrão fez uma homenagem aos 25 anos de criação de Shazan e Xerife. Na novela Era uma Vez…, o autor reviveu os personagens, que chegaram à cidade fictícia de Nova Esperança com a camicleta, encantando as crianças e os moradores. Para reproduzir a camicleta, a TV Globo comprou um Ford antigo e um aderecista selecionou todos os objetos colocados sobre o veículo.

 

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