Ação Aventura Séries

Shazam! – Capitão Marvel (Shazam! – 1974)

Emissora: CBS.
Emissora no Brasil: Rede Globo e SBT.
Transmissão Original: de 7 de setembro de 1974 a 16 de outubro de 1977.
Duração: 30 minutos.
Temporadas: 3 (28 episódios).
Cores.
Companhias Produtoras: Filmation e DC Comics.

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A Série.


Criado em 1939 pelo artista C. C. Beck e o escritor Bill Parker, para os quadrinhos, o personagem Capitão Marvel teve suas história originalmente publicadas pela Fawcett Comics, tornando-se mais tarde propriedade da DC Comics.

Sua primeira aparição foi na Whiz Comics #2 em fevereiro de 1940. Ele teve sua imagem física moldada na do ator cinematográfico Fred MacMurray. Na realidade, seu nome seria inicialmente Capitão Trovão, mas foi modificado para Marvel pouco antes do lançamento da revista.

Capitão Marvel é o alter ego de Billy Batson, um jovem que trabalha como repórter de rádio e foi escolhido para ser um campeão da bondade pelo mago Shazam. Sempre que Billy fala o nome do mago, ele conjura um relâmpago mágico a fim de mudar de Billy Batson para Capitão Marvel e vice-versa. Quando está na forma do herói ele fica adulto e com as habilidade de seis figuras legendárias, ganhando a sabedoria de Salomão, a força de Hércules; o vigor de Antharas; o poder de Zeus; a coragem de Aquiles e a velocidade de Mercúrio.

Vários amigos e membros da família, como Mary Marvel e Capitão Marvel Jr podem compartilhar com Billy seus poderes e tornar-se “Marvels” eles próprios.

O Capitão Marvel tornou-se logo um enorme sucesso, rapidamente ultrapassando em vendas o criador do gênero, que era o Superman.

A Série.


Após um processo movido pela DC comics, devido a problemas de direitos autorais entre a editora e Fawcett, a promoção e a comercialização do personagem Capitão Marvel ficaram bastante prejudicadas. O Capitão Marvel que tinha feito um grande sucesso nas telas do cinema, ficou afastado da mídia falada e impressa por algumas décadas, durante esse tempo ele quase foi esquecido. Em 1972, a DC registrou a marca e no dia 7 de setembro de 1974 chegava à televisão a série do Capitão Marvel, produzida por Lou Scheimer e Norm Prescott para a Filmation que comprou os direitos de exibição do personagem. O programa inicialmente ia ao ar na rede americana CBS nas manhãs de sábado, às 10h30.

A série em “live-action”, tinha os orçamentos de produção baixíssimos, reduzindo ao máximo a ação do programa. O corte nos custos oferecia um espetáculo sem o menor capricho nos efeitos visuais. Quando não voava num efeito de cromakey muito mal feito, o Capitão Marvel aparecia apenas da cintura para cima, balançando os braços contra um fundo azul, cena gravada com o ator em cima de um caminhão de braços abertos.

Tudo bem que é um desperdício de poder colocar o Capitão Marvel para lutar contra simples mortais, e ajudar adolescentes metidos em encrencas, mas o que se podia fazer? Era o que de melhor se assistia com super-heróis na televisão naquela época. No fim o Capitão Marvel ainda dava uma baita lição de moral nos jovens encrenqueiros com uma mensagem quase sempre desconcertante.

O seriado Shazam! teve ao todo três temporadas que completaram um total de 28 episódios. Durante as duas últimas, o seriado foi apresentado dentro do programa The Shazam!/Isis Hour, compartilhando o espaço com outra série chamada Poderosa Ísis, também produzida pela Filmation. A heroína também participou da série Shazam! em alguns episódios, numa espécie de crossovers.

Uma das primeiras escolhas do elenco foi o ator  Michael Gray, ainda pouco conhecido do grande público, apenas com algumas participações em seriados como A Família Sol-Lá-Si-Dó, The Brian Keith Show e A Noviça Voadora. Chamado para interpretar Billy Batson. Gray não tinha muita semelhança com o personagem dos quadrinhos, estava mais para um jovem moderninho dos anos 70, mas na questão custo benefício até que foi uma boa escolha. Com o o final do seriado, Michael Gray nunca mais foi visto na telinha interpretando um bom papel. Hoje é possível vê-lo em seu site pessoal, onde entre outros assuntos fala sobre o seriado.

Na primeira temporada o Capitão Marvel era interpretado pelo ator Jackson Bostwick, bem mais expressivo que o segundo mas que trabalhou só até o 16º episódio, pois teve problemas para renovar o contrato.

Veio então o ator John Davey, que permaneceu nas duas últimas temporadas da série.

A História.


Na série para à televisão, o jovem Billy Batson (Michael Gray) viajava pelas estradas americanas à bordo de um Motorhome, uma mistura de furgão com trailer branco.  Fazendo companhia ao jovem viajante estava o velho Mentor (Lês Tremayne), um sábio companheiro muito parecido com o Tio Marvel dos quadrinhos. Ambos viviam como nômades.

Durante o percurso, a dupla encontrava pessoas precisando de ajuda. Nessa hora Batson gritava a palavra “Shazam”, formada pelas inicias dos deuses Salomão, Hércules Atlas, Zeus, Aquiles e Mercúrio e entrava em cena o mortal mais poderoso da Terra.

Era dentro do Motorhome que apareciam os deuses para aconselhar o Billy Batson sempre que o jovem dizia: “oh deuses fortes e sábios” …. A imagem desses personagens era apresentada através de desenho estáticos em volto a uma nuvem, esse era um dos poucos momentos do seriado com efeitos decentes, feitos no melhor estilo de animação “realista” característica da Filmation.

 

No Brasil.


A série foi exibida pela primeira vez no Brasil na Rede Globo em 1975 sendo apresentada diariamente às 17h45 num horário chamado Hanna-Barbera 75. Na época era chamada de Capitão Marvel, pela mídia impressa, já que a abertura do seriado, pela forma como foi dublado o texto introdutório, deixava dois títulos válidos para o programa: “Shazam!” ou “Capitão Marvel”.

Em 1980, ainda na Rede Globo, ocupava o horário das 12h30 onde ficou até o ano seguinte. Naquele período a emissora divulgava para os jornais os dois títulos.

Depois de um longo período fora da nossa programação a série só retornou à televisão brasileira pelo SBT no início dos anos 80 pelo programa Bozo. Já em 1987, era apresentada junto com a série Ark II às 20h30 nas quartas-feiras, e aos domingos, dentro do programa Silvio Santos.  No horário nobre do meio de semana permaneceu até 1988.