Emissora: TV Bandeirante.
Transmissão Original: de 26 de setembro de 1981 a 1983.
Duração: 50 minutos.
Temporadas: 1 (32 episódios).
Cores.
Companhias Produtoras: TV Bandeirantes.
A Série.
Criação do autor e diretor Geral Vietri, o seriado Dona Santa marcava o retorno à televisão da atriz Nair Belo, depois de quase um ano de afastamento.
A comédia urbana, além da presença de Nair, contava com a participação de figuras características do humor como: Elias Gleize e Cláudia Alencar tornando-se rapidamente um grande sucesso da TV Bandeirantes, graças a sua linguagem ágil e seu humor inteligente escrito por Geraldo Vietri e Marcos Caruso.
A série ficou por quase uma temporada no ar, com episódios semanais de cinquenta minutos e era exibida aos sábados às 20h. Após o seu cancelamento em 1982 foi reprisada inúmeras vezes pela emissora.
Dona Santa, personagem de Nair Belo, era quase a mesma Santa de Nino, o italianinho, que escreveu com Geraldo Vietri. Xistus tem algo de Montserrat, que Carlos Vereza fez em Direito de Amar, e Elias Gleiser volta a fazer alguém bem parecido com o Vitório de A Gata Comeu.
Além do elenco fixo, grandes nomes passaram pela série como convidados, o que geralmente acontecia na interpretação dos passageiros que Dona Santa tinha que pegar, ou seja eles eram o tema gerador dos episódios. A série foi ainda caminho de estreia do ator Selton Mello (no papel de Sidney), que na época ainda era uma criança. Antes de estrear na Globo em Corpo a Corpo.
Nair Bello, precisou aprender a dirigir, aos 50 anos, habilidade fundamental para o papel, e ela não hesitou em frequentar uma autoescola.
No ano seguinte, após o cancelamento de Dona Santa, o sucesso da série deu origem a outro trabalho de Geraldo Vietri protagonizado por Nair Bello, Casa de Irene em 1983.
A História.
Nair Berlo interpretava Dona Santa, uma mulher de meia idade pertencente à classe média baixa, descendente de italianos e moradora do Baxiga. Ela tinha uma personalidade forte, e com um jeitão muito popular colocava as reivindicações de sua classe de forma aberta para as demais classes que cruzavam seu caminho.
Com a morte do marido, o único “varão” da família que poderia substitui-lo era o genro vagabundo Sílvio (Amilton Monteiro), assim ela se via obrigada a assumir seu negócio, ou seja, tornar-se uma motorista de táxi, um fusca vermelho. Vivendo uma situação absolutamente nova, Dona Santa se envolvia em vários problemas retratando com humor e poesia a luta pela vida em um cotidiano difícil.
O amigo e conselheiro era o Padre local Ferdenuto (Elias Gleizer), um italiano muito parecido com o consagrado personagem Dom Camilo. Tinha uma filha, a mocinha graciosa Dileta (Cláudia Alencar), cujo o maior problema era ser apaixonada pelo malandro e boa vida Sílvio, que não fazia nada, mas vivia afirmando que queria ser político e estava à espera das eleições.
As histórias se encarregavam de mostrar as confusões vividas por sua personagem pelas ruas da capital paulistana, sem deixar de atuar em sua casa, onde também precisava contornar diversos problemas.