É uma série brasileira sobre o herói que levava estampado no peito o símbolo da TV Record.
Emissora: TV Tupi.
Transmissão Original: de 6 de outubro de 1954 a 10 de fevereiro de 1964.
Duração: 20-40 minutos.
Temporadas: 10 (??? episódios).
Preto e branco.
Companhias Produtoras: TV Tupi.
A Série.
O Capitão 7 veio para televisão pelas mãos de Rubem Biáfora, em 1954 na TV Record (por isso Capitão 7, em referência ao número da emissora), a princípio exibido ao vivo e mais tarde filmada em película. Foi o primeiro seriado de aventura produzido no Brasil trazendo o mundo dos heróis infantis para um universo mais brasileiro. A série estreou no dia 24 de outubro de 1954 e a princípio era exibida três vezes por semana com episódios que variavam entre 20 e 40 minutos de duração. Mas o sucesso de audiência fez com que fosse investido mais no programa que acabou se tornando diário.
O Capitão 7 foi criado por seu próprio interprete Aires Campos. Em sua versão para televisão, que era transmitida ao vivo, o personagem não tinha superpoderes, afinal seria complicado com os efeitos da época fazer o Capitão 7 voar, por exemplo. Tudo era feito muito em cima do improviso, um erro seria fatal para o desenrolar da história. Foram mais de 500 histórias apresentando um herói nacional lutando contra o crime e a injustiça, na mesma época em que eram exibidas as séries brasileiras Falcão Negro e O Vigilante Rodoviário.
Além de atuar e criar, Aires Campos também foi responsável pelo licenciamento do personagem, patrocinado pela Leite Vigor. O ator mineiro foi escolhido entre dezenas de outros candidatos, entre eles o ator Hélio Souto. “Tive que fazer vários testes. Além da interpretação fiz exibições de força e habilidade em várias modalidades de luta, inclusive boxe. Muito me favoreceu a excelente forma física que sempre procurei manter e a experiência, como ator, em vários filmes”.
Durante muitos anos, os episódios da fase gravada foram guardados no depósito da TV Record, mas eles acabaram se perdendo nos incêndios dos quais a emissora foi vítima.
Até 1960, a série era escrita por vários roteiristas. Depois todos os episódios passaram a ser escritos, produzidos e dirigidos por Alice M. Miranda, mais conhecida no meio artístico por Maio Miranda. Ela ficou responsável pela série até o último mês de sua gravidez. Alguns meses depois, Capitão 7 saiu do ar.
Por causa do sucesso do herói entre seu público infantil, foi criado um Clube, apoiado pelo personagem e patrocinado pela Vigor, que incentivava crianças e jovens a manter um corpo sadio, ter amor aos estudos e não agir com violência. Para se associar ao Clube do Capitão 7 os fãs tinham que juntar dez tampinhas do leite Vigor que, nessa época, era vendido em garrafas de vidro e levá-las na sede do Clube. A entrega do honroso diploma e carteirinha era feita aos emocionados sócios em uma cerimônia que contava com a presença do próprio herói.
O ator Ayres Campos faleceu em julho de 2003.
A História.
O menino Carlos vivia com seus pais numa cidadezinha do interior, até que um dia eles ajudaram um alienígena, que em retribuição levou o menino para o seu planeta para ser educado num lugar muito mais evoluído que a Terra. Carlos voltou com super inteligência, superforça e até capacidade de voar. Trazia um uniforme “atômico” capaz de resistir a qualquer coisa, e assim começou a agir como um super-herói, enfrentando bandidos na Terra, no espaço sideral e no mundo subterrâneo. Adotou o codinome de Capitão 7, e em sua nave observava as atitudes dos demais humanos na terra.
Quando não era chamado para resolver algum problema como o Capitão 7, Carlos voltava a sua vida normal como um tímido químico. Ele namora a Silvana, filha de um funcionário da Interpol, que na TV era interpretada por Idalina de Oliveira. Tal como os demais super-heróis, o Capitão 7, Silvana e o Tenente tinham uma identidade secreta, mas estas nunca foram reveladas. Eles eram super-heróis que lutavam contra o mal numa espécie de “liga da justiça”.