É um clássico desenho da Hanna-Barbera que apresenta o cotidiano de dois cachorrinhos amarelos, pai e filho.
Emissora: Syndication.
Emissora no Brasil: TV Record, TV Rio, TVS e TV Bandeirantes.
Transmissão Original: de 29 de setembro de 1959 a 20 de outubro de 1961.
Duração: 7 minutos.
Temporadas: 3 (45 episódios).
Cores.
Companhias Produtoras: Hana Barber Production.
O Desenho
A relação paterna é mostrada com muito bom humor na animação Bibo Pai e Bóbi Filho, desenho que estreou em 1959 na emissora americana ABC, dentro do segmento Pepe Legal. O terceiro segmento era apresentado por Olho Vivo e Faro Fino um par de detetives fora-de-série.
O programa, ingênuo e engraçado, poderia representar apenas mais uma animação dos estúdios de Hanna-Barbera, com bichinho fofos e falantes, mas o carisma dos dois cãezinhos suburbanos foi o diferencial deste no coração da criançada. Era divertido ver os diálogos melosos entre os dois cachorrinhos breedless de grandes orelhas pretas, sempre cheios de bordões, enquanto decidiam algum pequeno conflito de geração ou se divertiam.
O programa, inspirado em outra série animada, Plic, Ploc e Chuvisco, não foi um dos maiores sucessos do estúdio Hanna Barbera, ainda assim, permaneceu no ar até o final do segmento com 45 episódios de meia hora. No episódio de número 20, o desenho introduziu um personagem que depois ganharia seu próprio horário, o Patinho Duque.
O nome original de Bóbi era Augie, nome que pode ter sido baseado no best-seller “The Adventures of Augie March” de Saul Bellow.
A História
Bibo Pai e Bóbi Filho viviam suas aventuras, sem nunca se preocupar com a grande questão dos telespectadores mirins: onde está a mãe nessa família tão unida? Pois é, ela não precisava nem ser mencionada durante os 45 episódios em que durou o seriado, para que a dupla protagonizasse inúmeros momentos de lição familiar e de carinho.
Bóbi era um filho esperto, orgulho de seu pai e que se destacava pela maneira sempre inteligente como conduzia os problemas. Ainda que seu pai Bibo, não fosse lá uma figura muito esperta, mesmo assim era objeto de adoração do filho que sempre usava frases carinhosas para se referir a ele: “O melhor papai do mundo”, “meu digníssimo pai”, “meu querido pai”.
A grande sacada da série era ver o pequenino Bóbi, com a metade do tamanho do pai ser um brilhante gênio da ciência, conhecedor dos problemas do mundo e ponderado em cada tomada de decisão, ter que ouvir conselhos do seu pai Bibo, um cão de caça que costumava trabalhar no teatro Vaudeville e com uma inteligência bem limitada. Mesmo tendo um pai intelectualmente um fiasco, era interessante ver que o filho tinha uma grande afeição e respeito por ele. Claro que uma vez ou outra existiam divergências, ocasionadas muito mais pelos conflitos de gerações.
A Volta
Em 1973 os dois personagens voltaram à telinha na série animada A Turma do Zé Colméia, onde dividiam as atenções com grandes personagens da Hanna Barbera como Pepe Legal, Dom Pixote e Leão da Montanha, vivendo aventuras a bordo de uma arca. Em 1977, os inseparáveis cãezinhos apareceram fazendo parte da equipe “Os Abelhudos” no desenho Os Ho-Ho-Límpicos, onde eles participavam de competições olímpicas contra as equipes “Os Assombrados” e “Os Rabugentos”.
No Brasil
Estreou na TV Record e TV Rio em 1966 aparecendo às 16h30 ao lado de desenhos como Leão da Montanha. Ainda nos anos 60 fez parte dos desenhos exibidos no programa Clube do Capitão Atlas.
Em 1976 era exibido na recém inaugurada TVS, onde saindo da programação algumas vezes e mudando de horário em outras ocasiões ficou até 1979. Também passou pela TV Bandeirantes no início dos anos 80 dentro do horário reservado aos desenhos da Hanna-Barbera.
A dublagem do desenho no Brasil realizada pela AIC – São Paulo foi um dos destaques do desenho. O segmento era apresentado ao lado de dois desenhos animados bem famosos – Olho Vivo e Faro Fino e Pepe Legal.