Emissora: CBS.
Emissora no Brasil: TV Excelsior, TV Record e TV Bandeirantes.
Transmissão Original: de 17 de setembro de 1966 a 30 de março de 1973.
Duração: 50 minutos.
Temporadas: 7 (171 episódios).
Cores.
Companhias Produtoras: Desilu Productions e Paramount Television.
A Série.
Durante sete temporadas, a série Missão Impossível provava que existia vida inteligente na TV. Com ótimos roteiros, cada episódio mostrava uma equipe de agentes secretos envolvida em grandes missões que tinham o planejamento descrito passo a passo até a execução do plano.
A série, que estreou no dia 17 de setembro de 1966, rendeu 172 episódios em sua primeira versão e a grande atração era o suspense causado pelos planos mirabolantes do grupo.
Missão Impossível era recheada de atores consagrados como Martin Landau, Barbara Bain, Leonard Nimoy e Sam Elliot que participaram do programa com personagens fixos. Com a gravidez de Lynda Day George, a atriz Barbara Anderson recém saída do seriado Ironside passou a ser a figura feminina da equipe no papel da agente Mimi Davis.
Outro grande destaque da série era seu tema de abertura. A inesquecível música do argentino Lalo Schifrin chegou às rádios norte-americanas e anos depois foi incluída na trilha sonora da versão cinematográfica de Missão Impossível.
O Líder da organização foi comandada inicialmente por Steven Hill, mas ele foi logo substituído, por razões nunca explicadas adequadamente, quase na metade da primeira temporada, por Peter Graves, que permaneceu como líder para o resto da série e também na série produzida entre 1988 e 1990. Poucas pessoas se lembram de Steven Hill como Dan Briggs. Segundo alguns autores, a substituição de Steven Hill ocorreu devido ao fato dele ser um judeu ortodoxo e a sua religião não permitir trabalhar em determinados horários, o que consequentemente trouxe atraso nas filmagens da série. Hill foi suspenso no meio da primeira temporada, e dizem que ele ficou sabendo da substituição somente através dos jornais que apontavam seu sucessor como sendo Peter Graves.
Embora o tema “Guerra Fria” estivesse presente ao longo da série, raramente era mencionada os atritos entre Estados Unidos e União Soviética no decurso da série, mas em um ou outro episódio apareciam líderes da Slavic ou dos países Bálticos como personagens anônimos especializados, nomeados por países inimigos que eram mencionadas apenas de “a república europeia” ou “república europeia oriental”.
Outro fator muito interessante na série era que a organização jamais cometia assassinatos e quando isso aconteciam eram porque os vilões eram mortos pelos seus próprios comparsas ou algum outro inimigo.
Durante a quinta temporada os produtores deixaram de lado um pouco as missões internacionais e começaram a se preocupar mais em combater o crime organizado que normalmente eram associados com o “Sindicato”, uma organização genérica ou suas franquias.
A História.
Em Missão Impossível Jim Phelps era o líder do IMF (Impossible Mission Force), um grupo de agentes altamente treinados que cumpria missões praticamente impossíveis, desenvolvendo impressionantes operativos com uma sofisticada tecnologia para colocar as mais surpreendentes ciladas ao inimigo.
Em algumas ocasiões, o IMF agia também em missões privadas em nome de seus membros. A identificação exata da IMF nunca foi mostrada, apenas em 1980 foi sugerido que a IMF era uma agência independente. Os IMFs respondiam a um “Secretário” que nunca era identificado.
Jim substituiu o agente Daniel Briggs e agora ele que decidia se a equipe aceitava ou não os trabalhos que eram passados sempre através de um gravador com um mecanismo de autodestruição, emitindo a seguinte mensagem: “Esta gravação se auto destruirá em cinco segundos”, esta frase acabou se tornando marca registrada do seriado.
Trabalhavam ao lado de Phelps só feras da espionagem como Barney Collier um expert em eletrônica que podia descobrir qualquer coisa nos computadores ou abrir as portas eletrônicas mais complicadas; Willie Armitage que providenciava músculos quando a necessidade era um pouquinho de força; Rollin Hand o grande mestre do disfarce e Cinnamon Carter a versátil agente que se encarregava de esbanjar beleza
O personagem Jim Phelps só ingressou na série em sua segunda temporada. Durante o primeiro ano, a equipe era liderada por Dan Briggs – o ator Steve Hill saiu por motivos religiosos (ele era judeu ortodoxo e se negava a trabalhar nas noites de sexta e nos finais de semana).
A organização era também se encarregava muitas vezes de derrubar políticos corruptos e ditadores nos países de Terceiro Mundo, sem conexão com a Guerra Fria, assim como o crime organizado ou homens envolvidos em negócios escusos e políticos dos Estados Unidos.
No Brasil.
No Brasil a série estreou no dia 12 de junho de 1967, na TV Excelsior, sendo mostrada às segundas-feiras no horário das 21h,. Transferiu seu dia de exibição para os sábados apenas em 1970, onde acabou sendo cancelada.
Em 1971 estreou suas reprises na TV Record, sempre às terças-feiras às 22h05, ficando cerca de um ano na programação. Apenas em 1976 retornou à televisão brasileira, dessa vez pela TV Bandeirantes que trouxe o programa para o seu dia e horário de exibição original no Brasil. Na Bandeirantes ficou até 1980.
O remake de 1988 estreou na Globo à noite em 1990, onde só exibiram cerca de 5 episódios. No ano seguinte foi para a TV Gazeta que apresentou o seriado na íntegra. Esteve no canal a cabo USA durante um bom tempo e foi apresentado também em emissoras abertas independentes.
A série original foi lançada em DVD no Brasil. Apenas a primeira temporada saiu com a dublagem original; as demais vieram sem áudio em português e sem extras, apenas legendadas. A dublagem é dada como perdida, já que a distribuidora da série (Brascontinental) faliu no início dos anos 1980, e todas as matrizes foram devolvidas para os Estados Unidos, onde foram destruídas.
O Retorno.
Em 1988, houve uma tentativa de reviver a série (com Peter Graves retornando ao seu papel e um elenco totalmente novo). O sucesso foi relativo e Missão Impossível durou apenas duas temporadas. Uma curiosidade era a participação de Phil Morris como Grant Collier (filho de Barney Collier, da equipe original). O ator era filho na vida real de Greg Morris, que fez Barney Collier na antiga série. Jim Phelps participou da versão cinematográfica de Missão Impossível, com Tom Cruise. E quem viveu o papel foi o ator Jon Voight.
Este novo espetáculo possuía agentes da IMF que usavam uma tecnologia tão sofisticada, que por pouco a série não acabou mudando de gênero, passando para a ficção científica, como por exemplo, o uso de um dispositivo que podia registrar sonhos.
Na nova produção, a mensagem eram enviadas através de mini-DVD e como sempre ela se autodestruía depois de ser ouvida. Estas instruções tinham a voz do ator Bob Johnson.
Uma série de filmes foi lançada em 1996, protagonizada por Tom Cruise. No primeiro filme da franquia, Jim Phelps (Jon Voight) acaba se tornando um coadjuvante quando Ethan Hunt entra em cena na pele de Tom Cruise. Na trama, Phelps, sua esposa (Emmanuelle Béart) e Hunt estão em uma missão em Praga com uma equipe quando caem em uma cilada e somente Hunt e outro agente sobrevivem. Ele agora precisará limpar o seu nome e descobrir quem armou para o grupo. Ao contrário das produções atuais, este longa, dirigido por Brian De Palma, foi muito mais focado no suspense do que nos efeitos visuais.
Missão Impossível 2 (2000) foi comandado por John Woo, novamente foi protagonizado por Tom Cruise, desta vez de cabelos compridos, e teve a participação de Ving Rhames – o único ator, além de Cruise, que aparece em todos os filmes da franquia -, Anthony Hopkins e Thandie Newton como a ladra Nyah. Ela é recrutada por Ethan Hunt quando um agente corrupto (Dougray Scott) foge com Chimera, um vírus fatal criado em laboratório. Só que as coisas complicam assim que Nyah, o interesse amoroso de Hunt no filme, é infectada pelo vírus e o agente precisa: se infiltrar e localizar o grupo terrorista que roubou Chimera; procurar o antídoto; encontrar e destruir o vírus antes que os bandidos o liberem para o mundo.
Seis anos depois, foi a hora de dar uma repaginada em Ethan Hunt, para que ele se parecesse mais com Cruise na vida real: um pai de família, casado com Katie Holmes e prestes a ter sua filha Suri. Em Missão Impossível 3 (2006), Ethan está noivo de Julia (Michelle Monaghan), que não sabe que ele é um agente da IMF. Aposentado do trabalho de campo e atuando como treinador de novos agentes, Hunt vai precisar resgatar uma de suas ex-alunas (Keri Russell) das mãos do traficante de armas Owen Davian (Philip Seymour Hoffman), mas acaba falhando. Enquanto busca vingança, descobre que precisa: encontrar Davian, impedir que uma arma de destruição seja lançada e resgatar sua noiva no caminho. Sob o comando de J.J. Abrams, o longa tem a participação de Jonathan Rhys Meyers, Simon Pegg, Laurence Fishburne, Maggie Q e, claro, Ving Rhames.
Em Missão Impossível – Protocolo Fantasma (2011) pela primeira vez, um filme da franquia Missão Impossível destaca o trabalho em equipe – além das peripécias solo sem uso de dublê de Ethan Hunt (ou seria Tom Cruise?) – e o alívio cômico (na figura de Simon Pegg e na leveza do diretor Brad Bird). Até porque ninguém consegue salvar o dia sozinho! Para isso, o astro conta com a ajuda de Pegg, Paula Patton, Jeremy Renner e, novamente, Ving Rhames (que faz só uma ponta desta vez). Nesse quarto longa, a agência IMF é acusada de bombardear o Kremlin, o que faz com que o presidente dos Estados Unidos os desautorize e dê início ao Protocolo Fantasma. Agora, sem qualquer recurso ou apoio, Ethan e sua equipe precisam limpar os seus nomes e o da agência onde trabalham e impedir o início de uma guerra nuclear. Enquanto isso, um dilema trágico da vida pessoal de Hunt vem à tona.
No quinto filme da franquia, Missão Impossível – Nação Secreta (2015), a equipe de Ethan Hunt (Tom Cruise) está de volta: Simon Pegg, Jeremy Renner e Ving Rhames. E a história é a seguinte: o chefe da CIA (Alec Baldwin) convence o comitê do senado a desmantelar a agência IMF, por considerar seus agentes imprudentes. Ao mesmo tempo, a equipe de Hunt descobre que uma agência de espionagem secreta, o Sindicato, está planejando assassinar políticos europeus. Sem o apoio do governo, que considera que Hunt criou o Sindicato para acobertar seus crimes, e com a ajuda de sua equipe e de uma agente infiltrada (Rebecca Ferguson), o agente tentará impedir os planos dessa “nação secreta”. Dirigido por Christopher McQuarrie, o longa é repleto de cenas de ação nas quais Cruise realmente arriscou sua vida.