Direção: Stanley Donen.
Roteiro: Stanley Donen.
Ano de lançamento: 1974.
Duração: 88 minutos.
Estreia na televisão brasileira: (Rede Globo).
Cores.
Companhias Produtoras: Paramount Pictures.
As crianças de década de 1970 e 1980 com certeza já devem ter parado um dia em frente à TV para assistir a rica fábula de O Pequeno Príncipe – Um Farol na Escuridão (The Little Prince), lançada em 1974 pela Paramount Pictures.
O roteiro de Alan Jay Lerner foi baseado no livro homônimo, escrito e ilustrado por Antoine de Saint-Exupéry um ano antes de sua morte, em 1944. Piloto de avião durante a Segunda Grande Guerra, o autor se fez o narrador da história.
O Pequeno Príncipe esteve muitas vezes na Sessão da Tarde, por isso tornou-se um filme amado por muitas gerações aqui no Brasil, já que embalou a fantasia das crianças ao longo dos anos. Diante da crítica, O Pequeno Príncipe não teve tanta sorte, foi malhado por esta que o considera um triste desastre para o excelente diretor Stanley Donen, que o mal concebeu desde o início do projeto.
A história gira em torno do piloto da Segunda Guerra (Richard Kiley), que começa sua aventura no deserto depois de uma pane no meio do Saara. Certa manhã, é acordado pelo Pequeno Príncipe (Steven Warner), que lhe pede: “Desenha-me um carneiro”? É aí que começa o relato das fantasias de uma criança como as outras, que questiona as coisas mais simples da vida com pureza e ingenuidade. O principezinho havia deixado seu pequeno planeta, onde vivia apenas com uma rosa vaidosa e orgulhosa. Em suas andanças pela Galáxia, conheceu uma série de personagens inusitados – talvez não tão inusitados para as crianças!
Um rei (Joss Ackland) pensava que todos eram seus súditos, apesar de não haver ninguém por perto; um homem de negócios (Clive Revill) se dizia muito sério e ocupado, mas não tinha tempo para sonhar; um bêbado se embriagava para esquecer a vergonha que sentia por beber; um geógrafo (Victor Spinetti) se dizia sábio mas não sabia nada da geografia do seu próprio país.
Assim, cada personagem mostrava o quanto as “pessoas grandes” se preocupavam com coisas inúteis e não davam valor ao que merecia. Isso tudo pode ser traduzido por uma frase da raposa – brilhantemente interpretada por Gene Wilder – que ensina ao menino de cabelos dourados o segredo do amor: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”.
Os destaques do filme ficam por conta da presença, sempre marcante, do comediante Gene Wilder, que aqui faz uma raposa tão enigmática quanto o seu personagem Willy Wonka; da dança muito bem coreografada de Bob Fosse como a Cobra, aliás Bob já era um grande dançarino da Broadway antes mesmo de dar as caras em seu primeiro filme (Dá-me Um Beijo, 1953). As canções de Alan Jay Lerner e Frederick Loewe dão um toque mágico ao filme e conseguiram uma indicação ao Oscar com “Little Prince”.
ELENCO:
Personagens | Elenco | Dublagem – TV | Dublagem – DVD |
Herbert Richers | |||
Piloto |
Richard Kiley | Marcos Miranda | Newton da Matta |
Pequeno Príncipe | Steven Warner | Adalmária Mesquita | Júlia Castro |
Cobra |
Bob Fosse | Élcio Sodré | |
Raposa | Gene Wilder | Newton Da Matta | Carlos Silveira |
Rei | Joss Ackland | André Luiz “Chapéu” | Luiz Carlos de Moraes |
Homem de Negócios | Clive Revill |
Francisco José | Hélio Vaccari |
Rosa | Donna McKechnie | Alessandra Araújo | |
Historiador |
Victor Spinetti | Roberto Macedo | Élcio Sodré |
General | Graham Crowden | Silvio Navas | Carlos Campanile |