Emissora: TV Bandeirantes e TVE.
Transmissão Original: de 29 de setembro de 1980 a 25 de abril de 1981.
Duração: 30 minutos.
Temporadas: 1.
Cores.
Companhias Produtoras: TV Bandeirantes.
A Novela.
Escrita por José Mauro de Vasconcelos (1920-1984) e lançado em 1968, o livro “O Meu Pé de Laranja Lima” em pouco tempo se transformou em um best seller e ganhou adaptações para o cinema e a televisão. Primeiro veio a bem-sucedida transposição cinematográfica, no filme de Aurélio Teixeira, em seguida Ivani Ribeiro adaptou para a televisão, em 1970, no formato de telenovela.
Em 1980, a TV Bandeirantes aproveitou o texto de Ivani Ribeiro usado na primeira versão televisiva e trouxe para as telinhas o remake da trama. Nesta revisão, a novela foi encurtada mas continuou com o mesmo impacto junto ao público.
A telenovela O Meu Pé de Laranja Lima estreou no dia 29 de setembro de 1980, sendo exibida às 18h. A direção ficou a cargo de Edison Braga, Antonino Seabra e Waldemar de Moraes.
A própria TV Bandeirantes produziria a terceira versão do romance de José Mauro de Vasconcelos, em 1999, desta vez adaptada por Ana Maria Moretzsohn, com o garoto Caio Romei e Gianfrancesco Guarnieri como os protagonistas.
A atriz Maria Ferreira, que vivia Helena Del Nero, deixou a novela pela metade, sendo substituída por Ivanice Sena.
Alguns atores foram chamados para reviver seus papeis da primeira versão, como Geny Prado e Terezinha Cubana que voltaram a fazer Gilda e Nhá Vina, que agora era chamada de Donana – a troca do nome se deu porque na novela anterior no horário – o remake de A Deusa Vencida – já havia uma personagem chamada Nhá Vina. Da mesma maneira, o personagem Narciso, vivido pelo então garoto Cosme dos Santos na Tupi, voltou na Bandeirantes com outro nome: Juvenal (Eduardo Silva), porque em A Deusa Vencida havia uma personagem chamada Narcisa. Além disso Fausto Rocha Jr. que fez o Diogo na versão de 1970, retornava nessa nova produção, agora como o personagem Raul.
A novela foi reprisada em 1989 e em 1996, nessa última em versão compacta. Ainda foi reapresentada pela TVE, em 1981.
A História.
Zezé (Haroldo Botta) era um menino pobre de seis anos, inteligente, sensível e carente. O garoto vivia pregando tremendos sustos nas beatas da igreja e ao padre Rosendo (Abrão Farc), mas ele dificilmente encontrava afeto já que ninguém tinha muita paciência com ele.
Quando a família se mudou para uma casa onde havia muitas árvores no quintal, cada irmão escolhe um cantinho e sobrou para Zezé um pequeno pé de laranja lima. No entanto, essa árvore ficou tão amiga que eles conversavam muito e até brincavam juntos. Zezé inventava para si um mundo de fantasia em que o grande confidente era o pé de laranja lima, a quem deu o nome de Xururuca.
Ele saía pelas ruas fazendo mil travessuras e aprendia tudo sozinho, era um verdadeiro “descobridor das coisas”. Percebeu que na vida existiam alegrias, como ter um amigo, e também tristezas, como quando um deles ia embora para sempre. Uma de suas maiores surpresas foi perceber que podia cantar sem abrir a boca – ou seja, ficar pensando em música e deixá-la tocar dentro da cabeça.
Porém, ele descobriu a dor e a saudade, assim como a ternura e o carinho no afeto do solitário português Manuel Valadares (Cláudio Corrêa e Castro), o Portuga, como o menino o chamava.
O moleque se apaixonou pelo carro do português, como toda criança daquela época. Mas o tal portuga no início não gostava do garoto, mas com o tempo foi se apegando a ele, e por fim o convidava para dar umas voltinhas no automóvel, para o ciúme da empregada de Manuel, Nhá Vina (Geni Prado), que odiava as travessuras do menino e gostava do patrão.
Mas esses passeios só serviram para irritar ainda mais a sua amarga irmã Jandira, interpretada pela grande estrela da Tupi, Eva Wilma (que deu, mas uma vez, um verdadeiro show de interpretação). Ela, no entanto, só se acalmou quando conheceu e se envolveu por Raul (Carlos Zara). Muitos gostavam dele como a Prof.ª Cecília (Nicete Bruno) e o seu Ariovaldo (Guarnieri).