O
Grupo.
O
quarteto de comediantes, Os Trapalhões, existia desde 1966, atuando na
extinta Tv Excelsior como Os Insociáveis, quando além de
Renato Aragão e Dedé, contava com a participação
de Wanderley Cardoso, Ivon Cury e Ted Boy Marino. Com a saída de alguns
integrantes, passou a fazer parte do grupo Mussum o sambista dos "Originais do
Samba" e Zacarias o comediante com cara de moleque. O quarteto também atuou na na Tupi
e Tv Record, quando bateram o Fantástico da Rede Globo que acabou
se curvando ao grupo e os contratou para inicialmente participarem de dois especiais
na Sexta Super.
Os
dois especiais que tiveram o nome de
Os Trapalhões – Especial
tinham um humor mais adulto, por conta do horário, e o tom de comédia
pastelão, a ação, o grande número de gags e a espontaneidade agradaram em
cheio ao público, o que fez com que o quarteto ganhasse um programa
semanal, que manteve sua ênfase na comédia de situação, por quase 20 anos.
O
Programa.
Em
1981, agora sob direção de Adriano Stuart,
Os Trapalhões já tinha um
público notoriamente infantil e foi nessa época que o quarteto alcançou
grande repercussão, principalmente depois do sucesso que fizeram no
Festival de Berlim. Tanto o público quanto os críticos passaram a ver
Didi, Dedé, Mussum e Zacarias como os principais representantes nacionais
da comédia infanto-juvenil. Foi em 1981 que o programa exibiu o especial
Os Trapalhões – 15 anos, que ficou quase oito horas no ar, com 11
quadros e uma campanha em favor dos portadores de deficiência física.
Em
1982 o programa ganhava a direção de Oswaldo Loureiro, o público
passou a assistir a gravação de alguns quadros no Teatro Fênix, no Rio de
Janeiro. Em maio do ano seguinte o programa iniciou uma nova fase com
direção de Gracindo Júnior e com redação de Carlos Alberto da Nóbrega.
Além dos tradicionais esquetes isolados, comédias teatrais bastante
conhecidas foram adaptadas para o humor de
Os Trapalhões. Shows eram
gravados mensalmente com a participação do público. Passaram a ser
incluídas também gravações externas.
Sob
direção de Paulo Araújo, à partir de 1984, o quarteto teve uma
renovação na linguagem visual para dar uma maior unidade: a base do
cenário passou a ser branca, mudando a cor só dos elementos de cena.
Passaram a ser usados bordões pelo quarteto pela primeira vez, como
“Acredite, mas não é” e “Dez, nota dez”. Em 1985 os humoristas gravaram
uma série de 14 episódios, em Los Angeles e à partir de 1986 o programa
começou a ser direcionado mais ao público infantil, com quadros
específicos para essa faixa-etária e uso de efeitos especiais.
Em
agosto de 1986, Carlos Manga passa a dirigir
Os Trapalhões,
transformando os esquetes, deixando-os menores e mais rápidos, tendo
sempre uma ligação entre um quadro e outro. Já em 1987, após o especial
de 20 anos do grupo, Mauricio Tavares assume a atração e insere quadros
inéditos, além de humorísticos musicais, com a presença de cantores
convidados. No ano seguinte chega a direção geral Wilton Franco, e
Os
Trapalhões ganha shows ao vivo com ampla participação do público. O
público infantil passou a receber mais atenção ainda, sendo criadas muitas
brincadeiras, atrações e quadros voltados para essa faixa-etária.
Em
1990, o humorístico estreou com a ausência de Zacarias, que falecera
no dia 18 de março daquele ano. Agora a atração era divida em duas partes,
a primeira incluía atrações musicais e a segunda contava uma historia
completa no “Trapa Hotel”, onde cada trapalhão tinha uma função: Didi era
o secretário-geral, Dedé era o secretário de esportes e lazer e Mussum era
o segurança. Neste ano ingressava no programa o cantor Conraddo, que
figurava como o galã do grupo, ele ficou durante 4 anos e meio com
Os
Trapalhões. Além disso também ingressou no "Trapa Hotel" sua atual
esposa Andréa Sorvetão, muito elogiada como atriz pelo diretor Wilton
Franco.
Já em 1991 o programa passou por outra reformulação e a rap tomou conta
dos Trapalhões que mostrava um bairro típico de qualquer cidade grande, onde
aconteciam o show de um cantor convidado e novos quadros, como a “Oficina
dos Picaretas” e “O filho do Computador”.
Em
abril de 1992, estreou dentro do
programa a “Vila Vintém”, que mostrava histórias ambientada numa rua do
subúrbio, e a “Agência Trapa Tudo”. Didi era o vagabundo Bonga e acolhia a
menina Tininha (Alessandra Aguiar), fugida de um orfanato. Dedé era o dono
de uma oficina e Mussum o mordomo de uma casa rica.
Em 1993 o programa,
agora com direção de José Lavigne, sofreu grandes mudanças, entre elas a
saída da platéia das gravações dos quadros. A nova estrutura foi dividida
em duas partes: uma de esquetes e uma história fixa com Renato Aragão e
outros atores. A comédia "Nos Cafundós do Brejo" se passava na caatinga
nordestina e recebia tratamentos de história em quadrinhos.
Os
Trapalhões já sem Mussum, falecido em 29 de julho de 1994, deixaram de gravar e passou a
ser reprisado, voltando às tardes de domingo com um enorme sucesso.
Elenco
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Renato Aragão ....
Didi Mocó
Manfried
Santana
.... Dedé
Antônio Carlos Bernardes Gomes ....
Mussum
Mauro Gonçalves ....
Zacarias
Luiz Alves Pereira Neto ....
Ferrugem
Roberto Guilherme .... Sargento Pincél e
outros
Jorge Laffond .... vários
Tião Macalé .... Nojento
Emil Rached .... Gigante e outros
Carlos Kurt .... vários
Felipe Levy .... vários
Conraddo .... Conraddo
Andréa Faria .... Andréa Sorvetão
Alessandra Aguiar .... Tininha |
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