Direção
Augusto César Vanucci
Produção
Gabriela Vanucci
Destaque
Os números musicais com destaque para “Coração de Estudante” de Milton Nascimento
No dia 20 de abril de 1984 foi ao ar pela Rede Globo uma criação de Federico Padilla, Lafayette Galvão, um estudioso da obra de Alejadinho, o especial infantil Tiradentes, Nosso Herói. Apresentado em comemoração a Inconfidência Mineira, o especial teve a direção de Augusto César Vanucci e a produção de Gabriela Vanucci.
O Museu da Inconfidência, em Ouro Preto é o cenário do primeiro encontro de Olímpia com as crianças. Utilizando o recurso de newsmate, equipamento que possibilita o truque de superposição de imagens, Olímpia chega voando e, com rápidos gestos de chapéu faz surgir e desaparecer os principais personagens da história.
As externas foram feitas em lugares como as escadarias da igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Ouro Preto, onde foi gravado o primeiro número do especial, “Sinhá Olímpia”, interpretado por Tânia Alves. Além disso, serviram de cenário para a história a Casa dos Inconfidentes, a sede da Prefeitura de Ouro Preto e o Horto Florestal da cidade.
Para finalizar o especial, gravado nas ruas daquela cidade mineira, mostram-se as prisão dos inconfidentes e o julgamento de Tiradentes. Os cenários da produção foram de Federico Padilla, e os figurinos de Mario Boriello.
A narrativa era conduzida pela personagem Olímpia, criada em homenagem a uma mulher que realmente existiu e era grande conhecedora da história da região. Aproveitando a curiosidade de três crianças – Aretha, Fabiano Vanucci e Paulo Vignolo – , empenhadas em realizar um trabalho escolar sobre Tiradentes, Olímpia resolve ajudá-las mostrando um pouco da cidade e dos locais onde toda a história aconteceu.
Usando poderes mágicos, ela transporta as crianças para o século XVIII, e todos passam a acompanhar de perto a luta dos mineiros pela liberdade.
A história da Inconfidência Mineira também é apresentada com foco no romance entre Tomás Antônio Gonzaga e Maria Dorotéia Joaquina de Seixas Brandão – os fictícios Dirceu e Marília, personagens clássicos da literatura.
Selo: Barclay – 821 374-1
Formato: Vinil, LP, Álbum
País: Brasil
Lançado: 1984
1 – Quem Cochicha – Viva Voz
2 – Nosso Herói – Beto Guedes
3 – Traição – MPB-4
4 – Sinhá Olímpia – Tânia Alves, Aretha, Paulo Vignolo e Fabiano
5 – Coração Civil – Tadeu Franco
6 – Ponte dos Suspiros – Zizi Possi e Tunai
7 – Coração de Estudante – Milton Nascimento
8 – Língua Enrolada – Tânia Alves, Aretha, Paulo Vignolo e Fabiano
9 – Liberdade – João Bosco
10 – Sonhos Brasis (Inconfidências) – Gonzaguinha
11 – Meu Rico Dinheirinho – Kleiton e Kledir
(Tavinho Moura e Fernando Brant)
Ah, quem será o herói
dessa nossa história
que vai tecer o amanhã?
Quem será o herói
quem será a força
que a forca não pode calar?
João e Maria que se dão bom dia?
É dona Teresa que coloca a mesa?
É o Valdemar que vai trabalhar
É dona Das Dores que nos manda flores
É o amigo Pedro que já não tem medo
seu José que é de boa fé.
Quem será o herói?
É quem faz cimento, quem carrega areia
quem amassa o pão e ama a lua cheia
Sabe que a chuva é pra molhar:
João e Maria, Valdemar e Pedro
João e Teresa que é nossa Das Dores
Joaquim José da Silva Xavier/ Meu povo é meu herói…
Ele é a força
que a forca não pode calar!
(Tunai e Sérgio Natureza)
Tiradentes foi traído
Foi-se o velho delator
Se dizia seu amigo e entregou
Nosso plano de revolta
Do Visconde ditador
Na cidade todo clima de horror
Foge, foge como foge, gente!
Foge, foge como foge, gente!
Todos os inconfidentes
Tão com ordem de prisão
É o fim da nossa conspiração
Vila Rica tá mais pobre
Mais armada a guarnição
Espadim, lança, fuzil, mosquetão
Foge, foge como foge, gente!
Foge, foge como foge, gente!
Foge, foge como foge, gente!
Foge, foge como foge, gente!
Patas de cavalo, esporas
Com muitos gritos lá fora
Dentro de casa muitas orações
Fecha essas janelas e portas
De vez em quando alguém chora
Sinha Olímpia quem é você
Sinha Olímpia quem é você
Conta Pra gente saber
Conta Pra gente saber
Sinha Olímpia quem é você
Sinha Olímpia quem é você
Conta Pra gente saber
Conta Pra gente saber
Dizem que eu sou a cidade
Que esta cidade sou eu
Essa sou toda essa saudade
Que Vila Rica me deu
Eu existo em cada pedra
Nos risos, nas dores,
Nos rios, nas flores, em quem sou
Sinha Olímpia quem é você
Sinha Olímpia quem é você
Conta Pra gente saber
Conta Pra gente saber
Sinha Olímpia quem é você
Sinha Olímpia quem é você
Conta Pra gente saber
Conta Pra gente saber
Vi a tocha dos heróis
Clarear a escuridão
Vi a tocha dos covardes
Clarear a traição
Sou lembrança e esperança
Criança, memória, futuro, a história
Eu sou
Sinha Olímpia quem é você
Sinha Olímpia quem é você
Conta Pra gente saber
Conta Pra gente saber
Depois da cristalina fonte
A gente passa pela ponte
Dos meus sonhos
E vamos noivos desse vento
Ao nosso eterno casamento
Num instante
Deixa girar
Viver a pura fantasia
Do nosso amor
Quem dirá que nós não fomos reais?
Quem dirá
Que a ponte dos suspiros chora
Por nosso amor?
Pelos séculos vão dizer
Deixa girar…
Ponte dos suspiros chora
Pelo nosso amor
A felicidade mora
Onde você for
Deixa girar
O mundo pra nós
Viver é pura maravilha
Eu sou Dirceu
Você, Marília
É um sonho…
E todo ouro em Vila Rica
Não vale a sorte de quem fica
No coração
Deixa girar
Viver a pura fantasia
Do nosso amor
Quem dirá que nós não fomos reais?
Quem dirá
Que a ponte dos suspiros chora
Por nosso amor?
Quem dirá que nós não fomos?
Deixa girar
O mundo pra nós
Deixa girar
Viver a pura fantasia
Do nosso amor
Quem dirá que nós não somos?
Deixa girar
O mundo pra nós
Quero falar de uma coisa
Adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
Ou caminha pelo ar
Pode estar aqui do lado
Bem mais perto que pensamos
A folha da juventude
É o nome certo desse amor
Já podaram seus momentos
Desviaram seu destino
Seu sorriso de menino
Quantas vezes se escondeu
Mas renova-se a esperança
Nova aurora a cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê flor
Flor e fruto
Coração de estudante
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade
Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verdes, planta e sentimento
Folhas, coração, juventude e fé
Quem tem poder sempre fala
De maneira muito estranha
Para que a gente não saiba
O que é verdade o que é mentira
É engraçado sinhá
Ele fala tão gozado
Parece que engoliu
Batata quente o coitado
Coroa é Portugal
Patrão do nosso trabalho
Derrama é o ouro
Que o rei vem tomar do nosso povo
É engraçado sinhá
A cara do moço é tão feia
Parece que ele está
Falando de boca cheia
Subversão é querer
Escolher nosso destino
Colônia é o Brasil
Sonhando com a liberdade
(Gonzaguinha)
Felicidade eu quero a (fé) liberdade
para o povo do meu país
toda riqueza pro menino que o meu país
felicidade eu digo axé liberdade
para o povo do meu país
seu Joaquim, seu Zé da Silva
e também seu Xavier
tragam o sol
o alimento o sal
o sol da fé
fé esperança
fé trabalho
aliança
pra escolher nossos destinos
forças gerais
sonhos brasis
povo feliz.
Quero o rico dinheirinho
Lá nos cofres da rainha
Todo mundo arruma vida
E eu também arrumo a minha
Quem não quer pagar imposto
Meto logo na cadeia
Na verdade estou disposto
A fazer meu pé de meia
Viva, viva, meu querido Portugal
Viva Barbacena e Pedro Álvares Cabral
Descobriu essa terrinha
Que tem ouro, terra boa
Muita grana pra encher
o pandulho da coroa
o pandulho da coroa
O meu rico Portugal
Vai ficar ainda mais rico
Enricar nunca fez mal
Pra isso ninguém é pudico
Manda ouro, muito ouro
Pra eu fazer o meu pacote
Se precisa enfia o couro
pra ninguém me dar calote
MEMÓRIA GLOBO. Dicionário da TV Globo, v.1: programas de dramaturgia & entretenimento. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2003.
Direção
Augusto César Vanucci
Produção
Gabriela Vanucci
Destaque
Os números musicais com destaque para “Coração de Estudante” de Milton Nascimento
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