


Direção
Fábio Sabag e Almeida Castro – Oscar Filipe
Roteiro
Fábio Sabag e Oscar Filipe
Destaque
Os maravilhosos cenários e figurinos que faziam do infantil uma grande produção
Em 1956, na TV Tupi, estreou o programa infantil Teatrinho Trol, também conhecido como Vesperal Trol. Neste contexto, o programa se destacou por encenar peças de teatro adaptadas para a televisão. As histórias, geralmente, transportavam as crianças para mundos mágicos, repletos de bruxas, princesas e florestas encantadas. Criado e dirigido por Fábio Sabag, o programa se tornou um marco no teatro infantil para TV. No início, as apresentações eram feitas ao vivo, mas com a introdução do vídeo-tape, passou a ser possível interromper as gravações, embora sem a possibilidade de editar as cenas. De qualquer maneira, o programa manteve uma característica de espetáculo ao vivo, proporcionando uma experiência mágica tanto para crianças quanto para adultos.
A cada domingo, por volta das 14h, as ruas de São Paulo ficavam vazias. Era notável como as famílias se reuniam para assistir ao programa, um momento esperado durante toda a semana. Durante os dez anos de exibição (de novembro de 1956 a julho de 1966), o Teatrinho Trol apresentou cerca de 400 peças, com autores como Monteiro Lobato e Maria Clara Machado. Além disso, teve a participação de Lúcia Benedetti, Tatiana Belinski e muitos outros. Esses elementos contribuíram para o sucesso do programa e também para a carreira de muitos artistas. Oscar Filipe, além de atuar, também desempenhou papéis importantes na direção e escrita do programa.
Os personagens eram estrelados por grandes nomes do teatro, como Norma Blum, que interpretava a princesa, ao lado de Roberto de Cleto, o príncipe. Outras grandes atrizes, como Carmem Silvia Murgel, Íris Bruzzi e Neyde Aparecida, também participaram do programa. A personagem da bruxa, interpretada por Zilka Salaberry, se tornou icônica, mas sempre havia convidados para os papéis de vilões, como a participação de Fernanda Montenegro, que interpretou a primeira bruxa, na peça “O Casaco Encantado” de Lúcia Benedetti.
Ademais, a qualidade do programa era indiscutível, com efeitos especiais como gelo seco, neve de sabão e uma cenografia primorosa. Folhagens e árvores, entregues intactas, e cenários que eram trocados durante os intervalos comerciais, tornavam o programa único. J. Reis cuidava das maquetes, enquanto Sorensen criava figurinos de época. Para complementar, as histórias eram um mix de óperas, teatro clássico e literatura mundial, resultando em uma experiência rica e educativa para o público.
O Teatrinho Trol também tinha um mascote, Dom Trolino, que se comunicava somente por mímica. Interpretado por Nair Amorim, ele se tornou um dos personagens mais amados. Além disso, Nair e Neyde Aparecida se destacaram, fazendo comerciais antes de começarem a atuar nas peças.
A cada Natal, o elenco do programa se apresentava em eventos beneficentes, como hospitais, igrejas e escolas, levando magia e alegria a todos. Embora tenha sido patrocinado pela Kibon e pela Antártica, o programa continuou sendo carinhosamente conhecido pelas crianças como Teatrinho Trol, mesmo com a mudança de nome para Grande Teatro Infantil Kibon e Vesperal Antártica.































Depoimento: Fábio Sabag (09/10/2004); “Grande Teatro Infantil” – Correio da Manhã (24/11/1956).
Direção
Fábio Sabag e Almeida Castro – Oscar Filipe
Roteiro
Fábio Sabag e Oscar Filipe
Destaque
Os maravilhosos cenários e figurinos que faziam do infantil uma grande produção
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