Emissora: Rede Globo.
Ano de Produção: 1983.
Cores.
Companhias Produtoras: Rede Globo.

Com direção de Guto Graça Mello, direção geral de Augusto César Vannucci e produção de Gabriela Vannucci chegou a telinha a obra do cartunista Ziraldo A Turma do Pererê. O programa foi exibido no último dia da "Semana da Criança" idealizada pela Rede Globo, no dia 12 de outubro de 1983, ás 21h30.

Os personagens de Ziraldo foram criados para uma publicação lançada 20 anos antes do programa, na revista "O Cruzeiro", sendo a primeira publicação a exibir personagens brasileiros totalmente em cores e a segunda a exibir o personagem Pererê.

No especial para Tv, a história começa quando o indiozinho Tininim  decide trocar a vida na floresta pela confusão da cidade. Ele se diz cansado do verde e do cheiro da mata e decide partir para a civilização, apesar dos pedidos da sua namorada Tuiuiú. A onça Galileu convoca toda a turma da Mata do Fundão para uma reunião e emergência.

Preocupado, o Saci Pererê resolve também viajar para ver como seu amigo está se saindo em meio aos ônibus, prédios e metrôs. Pererê e seu redemoinho partem deixando Galileu em perigo na mata. Enquanto isso, os compadres caçadores desenvolvem uma máquina infalível para matar Galileu, o troféu mais cobiçado pelos membros do Sindicato dos Caçadores.

O programa foi elaborado no estilo de uma opereta, em que a história é contada com a ajuda das músicas, algumas com letras do próprio Ziraldo. Para interpretá-las foram convidados, entre outros, Sérgio Reis e Os Violeiros de Guarulhos, que cantaram "Canção dos Caçadores"; Wanderléia, que ficou com "Desperta Saci"; Fagner, com "Espantalho"; Luiz Melodia, com "Agulha no Palheiro"; Zezé Motta, com Tininim; e Gal Costa, que interpretou "Grande Final". As letras das canções foram compostas por Fagner, Guilherme Arantes, Ivan Lins e Daltony Nóbrega, entre outros nomes.

No elenco ainda estavam Lina do Carmo, Floro, Ferrugem, Paulo Vignolo, Arai, Augusto Olímpio e Antônio Carlos.

Foram usados como cenários desenhos típicos das histórias em quadrinhos, como pontos ampliados e reticulados, além de recursos onomatopeicos, característicos dessas publicações. As máscaras dos bichos foram criadas por Stoessel, procurando seguir os desenhos de Ziraldo. Para manter a fidelidade ao espírito brasileiro de Pererê, foram usados acessórios e roupas de índios das tribos Xingu. A Turma do Pererê introduziu um novo truque na televisão brasileira, em que as máscaras permitiam aos bichos assumirem expressões faciais humanas.