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Viagem ao Fundo do Mar (Voyage to the Bottom of the Sea – 1964)

Emissora: ABC.
Emissora no Brasil: TV Record, TV Tupi, TV Bandeirantes, Rede Globo e FOX.
Transmissão Original: de 14 de setembro de 1964 a 31 de março de 1968.
Duração: 60 minutos.
Temporadas: 4 (110 episódios).
Cores.
Companhias Produtoras: 20th Century Fox Television e Irwin Allen Productions.

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A Série.


Viagem ao Fundo do Mar foi o primeiro seriado criado e produzido por Irwin Allen, como uma sequência de um filme de 1961 dirigido pelo próprio,  e acabou se tornando mais uma das séries criadas por Allen que seria clássica nos anos 60. O seriado continha uma cena muito famosa: enquanto o submarino sacudia, com os atores sendo lançados de lá para cá os lápis sobre a mesa permaneciam imóveis.

O primeiro episódio da Viagem ao Fundo do Mar foi ao ar pela rede americana ABC no dia 14 de setembro de 1964, e a primeira temporada – a produzida em preto e branco – é considerada a melhor pela crítica.

É indiscutível que a estrela do seriado era o  Seaview, o submarino mais poderoso e avançado da terra, um testemunho para o gênio de seu criador, Harriman Nelson. O Seaview assumiu uma variedade de missões, e por conseguinte levou muitos passageiros: espiões, políticos, líderes mundiais, homens militares, náufragos, estrangeiros, monstros e cientistas.

A falta de continuidade no perfil dos personagens se tornou o calcanhar de Aquiles da série, o que acabou levando-a ao final no dia 15 de setembro de 1968, com um total de 110 episódios produzidos. Estes desencontros nos roteiros coincidiram com a exigência da ABC em cortar verbas de todas as produções, levando o seriado de Irwin Allen literalmente para o fundo do mar. Foi preciso dispensar bons roteiristas e contratar freelances por preços módicos e ideias não muito brilhantes.

A construção do Seaview foi bastante complicada. Em primeiro lugar, os técnicos em efeitos especiais não tinham a menor ideia de como era um submarino por dentro. Para resolver o problema eles recorreram à Marinha americana, que prontamente se negou a qualquer ajuda. Os Estados Unidos estavam em plena guerra fria e não seria de bom tom distribuir as plantas dos submarinos americanos (bem…na verdade os técnicos queriam apenas uma “ideia”, mas nem isso conseguiram das forças navais).

O jeito então foi a equipe se enfurnar em bibliotecas e museus para pesquisar os submarinos usados durante a Segunda Guerra Mundial. O que acabou salvando a pátria foram as anotações conseguidas pela produção sobre a parte interna de um submarino alemão capturado durante a guerra. Só depois de tudo pronto foi que oficiais da Marinha americana deram o ar da graça e visitaram os cenários do Seaview para dar pitaco sobre o que poderia estar certo ou errado.

Outra curiosidade é que nas cenas em que o submarino era atacado, alguém da equipe técnica ficava segurando um balde e um martelo. Toda vez que ele batia o balde com o martelo, todos os atores inclinavam-se para a esquerda enquanto a câmara se inclinava para a direita.

A História.


O Veterano da Marinha, Nelson, é o Comandante do Seaview, um submarino atômico, cujas missões incluem o contato com desconhecidos monstros marinhos, combate a criminosos e quaisquer ameaças a segurança dos Estados Unidos. Apesar de ser classificado como submarino de pesquisas (de formas de vida nos oceanos do mundo), o Seaview envolve-se constantemente em conflitos armados.

Além de Nelson cabe ao Comandante Crane organizar todo o serviço do submarino. Crane tem um contato maior com a tripulação, principalmente com o firme primeiro oficial, Chip Morton. Além deles temos: Curley Jones que foi substituído pelo Chefe Sharkey; e os Marinheiros, Kowalski, Patterson, Riley, e muitos outros menos afortunados que deram a vida deles pelo Seaview.

O submarino da série era uma espécie de nave Enterprise de Jornada nas Estrelas: linhas futuristas tanto externa como internamente, um certo conforto como salas enormes e corredores espaçosos – tudo bem diferente do ambiente claustrofóbico dos submarinos que nós estamos acostumados a ver nos filmes. Foi criado também o subvoador, um veículo em forma de arraia que saía debaixo do SeaView, se deslocando rapidamente e com capacidade de voar, acrescentando assim mais um toque futurista.

Um dos problemas do show, que acabou se tornando frequente, é que apesar de invariavelmente um monstrengo dar as caras e atacar o Seaview, havia sempre um pateta da tripulação achando que “essas coisas de outros planetas não existem” e demorando a tomar as providências cabíveis. Isso tudo apesar do mesmo pateta ter enfrentado um alienígena no episódio anterior.

No Brasil.


A série estreou no Brasil no dia 16 de maio de 1965 pela TV Record, ocupando o horário das 20h do domingo. O programa preenchia o espaço da programação deixado pela série Inspetor Burke. Nessa exibição ficou um ano e meio no ar.

Em 1968, o seriado passou a ocupar dois horários na programação de domingo da TV Tupi, sendo mostrado às 16h30 e às 18h. Mas já em janeiro de 1969 retornou às tardes da TV Record, agora nas quartas-feiras.

A TV Bandeirantes adquiriu em maio de 1971 os direitos de transmissão de Viagem ao Fundo do Mar, colocando o programa primeiramente em seu horário nobre, depois transferindo-o para a madrugada, onde permaneceu até o ano seguinte.

Ficou de 1973 a 1975 como programa obrigatório de quinta-feira na TV Tupi, sempre no horário das 16h30.

Depois de dois anos fora da programação brasileira reestreou em outubro de 1978, agora nas manhãs da Rede Globo, onde ficou por um ano alterando seus horários de exibição.

Em 1981 voltou à programação da Bandeirantes permanecendo nas manhãs da emissora até 1984, quando virou até nome de saque de voleibol no país. Em 1986 voltou a ser transmitido pela TV Record onde ficou até 1988, a emissora ainda exibiu a série em 1990.

Entre os anos de 1995 e 1996 Viagem ao Fundo do Mar foi apresentada pelo canal por assinatura Fox.

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